Ter a vagina seca é uma reclamação constante das mulheres que não conseguem ter prazer no sexo. (Foto: iStock) |
Existe uma quase obsessão no sexo: vaginas apertadas. As mulheres
sentem-se impelidas, desde o começo dos tempos, a fazer algo que mantenha a
resistência da vagina a entrada do pênis. Falando assim parece absurdo – e é -,
mas acontece até hoje.
A ideia de que a mulher é virgem e, por isso, existe essa
resistência, ainda circula entre todas as classes sociais, etnias e religiões.
E parece ser ignorado que o corpo da mulher se lubrifica para que a vagina não
cause resistência, para que não doa e que não machuque. Muitas pessoas parecem
buscar o contrário.
Há
muitos anos, muitos mesmo, mulheres já tentavam ficar “mais apertadas” porque
isso era valorizar a experiência. Para isso elas usavam pó de pedra hume ou a
própria pedra na vagina. A vagina ficava ressecada, tão ressecada que algumas
vezes apresentava queimaduras. E a mulher fazia sexo ainda assim. Ela sentia
prazer? Não, apenas dor. Isso acontece até hoje.
Ainda hoje há mulheres que usam a pedra hume e seus efeitos que
normalmente são indesejados (quando não foram buscados). Ter a vagina seca é
uma reclamação constante das mulheres que não conseguem ter prazer no sexo. Não
chega a ser engraçada essa inversão?
Para piorar, essa “técnica” duvidosa muda o PH, deixa a mulher
machucada e abre uma porta para infecções. “Já atendi mulheres que tinham
corrimento, escaras e feridas. Depois de muito tempo de tratamento elas
acabavam contando: ‘costumo usar pedra hume porque meu marido diz que eu fico
mais apertada’”, conta a ginecologista Albertina Duarte.
Hoje existem produtos, a venda em sexshops, que prometem o mesmo
efeito, mas sem a parte negativa. Essa ideia vai além de dar mais prazer ao
outro, é abrir mão do seu próprio e sentir do no lugar de ter um bom momento.
Técnicas como o pompoarismo estão cada vez mais difundidas, com
tutoriais na internet e maneiras de exercitar a musculatura vaginal e aumentar
seu controle sobre ela. Aí sim pensando no seu próprio prazer e não abrindo mão
dele. “Buscar o prazer é superimportante, mas é preciso que a mulher não se violente
para esse tipo de situação”, finaliza a médica.
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Fonte: Carol Patrocínio | Preliminares
Postado por Sérgio Ramos/ Repórter – 27/07/2013
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