BRASÍLIA - Desde dezembro de 2012, a ex-senadora
Marina Silva figura na segunda posição, atrás apenas da presidente Dilma
Rousseff, nas pesquisas de intenções de votos para a próxima eleição
presidencial. No levantamento do Datafolha publicado no domingo, Marina
apareceu com 26% e Dilma, com 35%. A ex-senadora não comenta as pesquisas e se
recusa a falar sobre a possibilidade de disputar a eleição por outro partido,
se a Rede não for criada até 5 de outubro.
Na
pesquisa anterior, Dilma tinha 30% e Marina, 23%, mas a ex-senadora foi a única
que manteve trajetória ascendente desde os protestos de rua de junho. Pelo
Datafolha, Marina tinha 18% em dezembro, ficou com 16% nas pesquisas de março e
do início de junho - esta antes das manifestações populares - e começou a
crescer no final de junho, quando chegou a 23%.
O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB, principal
adversário do PT, chegou a subir quatro pontos entre o início e o fim dos
protestos de junho, passando de 14% para 17% das intenções de votos, mas na
pesquisa do fim de semana caiu para 13%. O governador pernambucano, Eduardo
Campos, do PSB, vem crescendo lentamente, e registrou seu melhor resultado: 8%.
Marina está consolidada no segundo lugar, qualquer que seja o
cenário pesquisado. Mesmo quando entram o ex-presidente Lula ou o presidente do
Supremo, Joaquim Barbosa, ela se mantém com percentuais entre 20% (com Lula) e
22% (com Barbosa).
Suas intenções de votos caem para o menor nível, 17%, quando Lula
e Barbosa estão no mesmo cenário. Até quando o PSDB aparece com dois nomes -
Aécio e o ex-governador José Serra -, e o candidato do PT é a presidente Dilma,
a ex-senadora aparece com 23% de intenções de votos.
O crescimento de Marina é considerado reflexo direto de um dos
motes dos protestos de ruas: contra partidos e políticos tradicionais. Se
conseguir tornar a Rede realidade até 5 de outubro, ela dará trabalho aos
adversários. Se não, terá muito trabalho para se filiar a outro partido dentro
deste prazo. Marina teria dificuldades para voltar ao PV, partido pelo qual
obteve 20 milhões de votos contra Dilma em 2010. E o PPS, outra legenda
cogitada, está aguardando no momento uma decisão de Serra.
Fonte: |
Por O Globo | Agência O
Globo/Yahoo noticias
Postado por Sérgio Ramos/Repórter - 12/08/2013
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