(Foto Divulgação) |
Apesar de a leitura ser um prazer, não há nada mais chato do
que um clube do livro. Aquelas reuniões, regadas a chás, em que sentam os
colegas literatos prontos a disparar suas mais intelectuais observações acerca
do texto escolhido. Agora, um grupo de mulheres criou uma inusitada alternativa
para a leitura. Elas
tiram a roupa. E lêem.
Apesar de a leitura ser um prazer, não há nada mais chato do que um clube do livro. Aquelas reuniões, regadas a chás, em que sentam os colegas literatos prontos a disparar suas mais intelectuais observações acerca do texto escolhido. Por vezes, há ainda as torturantes sessões de leituras em voz alta. Imagine, então, uma alternativa a este monótono programa. Uma espécie de clube do livro, porém mais intimista e descontraído: seus membros estariam todos nus. Interessante? É, obviamente, curioso. Talvez estimulante.
Apesar de a leitura ser um prazer, não há nada mais chato do que um clube do livro. Aquelas reuniões, regadas a chás, em que sentam os colegas literatos prontos a disparar suas mais intelectuais observações acerca do texto escolhido. Por vezes, há ainda as torturantes sessões de leituras em voz alta. Imagine, então, uma alternativa a este monótono programa. Uma espécie de clube do livro, porém mais intimista e descontraído: seus membros estariam todos nus. Interessante? É, obviamente, curioso. Talvez estimulante.
É
exatamente o que faz um grupo de mulheres de Chicago denominado “Naked Girls
Reading” (Garotas Nuas Lendo, em tradução literal). Trata-se de um projeto cujo
intuito é oferecer uma leitura pública, de trechos de livros, por um grupo de
mulheres nuas. Não há nada além disso.
O grupo
foi criado por Michelle L’amour e Franky Vivid, artistas de shows burlescos que
ficaram famosas com suas performances por todo o mundo. No começo de 2009, a
idéia se materializou na cidade de Chicago. Após a primeira apresentação, o
grupo alcançou fama pela ousadia e hoje tem uma agenda que inclui shows
internacionais, além de franquias mundo afora. Os temas das leituras variam
desde suspense, terror e ficção científica até poesia, leitura erótica e peças
clássicas. Ou seja, tem leitura para todos os gostos.
(Foto Divulgação) |
A apresentação é feita para um público seleto de voyeurs, por meio de fotos,
vídeos e performances ao vivo. No entanto – o grupo afirma – não se deve
procurar nada de decadente ou vulgar no espetáculo. O “Naked Girls Reading”
"é um conceito muito simples, são garotas nuas lendo. Não há nada mais que
isso e, também, não há nenhuma pretensão nisso."
Perguntei
a Michelle o motivo de o grupo afirmar ser o show algo que não tem nenhuma
pretensão. Algo sem pretensão seria uma garota de cachos dourados, sentada na
praça, lendo um conto da fadas. Um grupo de mulheres nuas lendo para um público
seleto tem muita pretensão. Seja na exibição dos corpos como entretenimento,
seja na leitura como prazer coletivo. Michelle diz, por fim, que a pretensão é
unir duas coisas muito belas, que se complementam: a mulher e os livros.
O grupo
já atingiu um público de variados níveis - tanto aquele que busca apenas o
visual, quanto aquele que busca um estímulo intelectual. É, de fato, uma nova
forma de encarar os livros. Uma alternativa para o entretenimento. Alguns acham
original, outros se deliciam com o conceito, para infortúnio dos puritanos.
Outros acham a idéia apelativa. No entanto, Michelle afirma que quem assiste ao
show tem uma experiência quase espiritual.
Por tal
experiência espiritual paga-se entre 15 e 35 dólares, dependendo dos lugares.
Quem quiser ficar mais próximo das moças, para ver e – supostamente – ouvir
melhor, paga mais. Em Chicago, berço do espetáculo, há a opção de um ingresso
por 20 dólares ou dois ingressos por 35 dólares.
Por Sérgio Ramos/Repórter e Blogueiro – 13/10/2015
E-mail: felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br
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