Do surubimnews.
OPINIÃO /// É
assim que muita gente da oposição de Túlio Vieira nos vê: “Respeitável público,
o espetáculo vai começar! No picadeiro, fazendo papel de palhaço, o povo de
Surubim. Na plateia, rindo enquanto comem pipoca, eleitores caricatos de Ana
Célia”. Os excessos descabidos existem dos dois lados e se alternam, pra ser
justo. Porém, o jogo sujo, rasteiro e sem escrúpulos, sempre personificou as
campanhas do PSB na Capital da Vaquejada.
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Eu poderia falar da crise hídrica
agravada pelas pataquadas da Compesa. Eu poderia falar da fábrica de cimento
prometida e não construída. Eu poderia falar do campus da UPE prometido e não
construído. Eu poderia falar dos órgãos do Governo Estadual destruídos como a
Adagro, que servem apenas para usuários de drogas utilizarem. Eu poderia falar
que o Estefânia está abandonado e às traças. Eu poderia falar dos surubinenses
do Recife que votam no 40 e só aparecem aqui com arrogância e pabulagem em
período eleitoral. Eu poderia falar dos parlamentares traidores do PSB de
Pernambuco, que votaram a favor do golpe e contra os princípios de Miguel Arraes,
tirando do poder uma presidenta democraticamente eleita e pondo no lugar um
presidente que vai foder a classe trabalhadora.
Eu poderia falar dos deputados da
terra, que apareceram em Surubim mais vezes de maio pra cá do que nos últimos
10 anos, pra fingir que moram e valorizam o local de origem (e também porque a
coisa não está tranquila e favorável para as pretensões do PSB em âmbito
surubinense). Eu poderia falar da tentativa de comprar o apoio de pessoas, como
no caso de um amigo meu que trabalha para um candidato a vereador que apoia o
atual prefeito, mas que recebeu oferta grosseira de dinheiro do outro lado. Eu
poderia falar que os Farias estão cagando pro valor histórico e turístico da
Usina, que deveria ser tombada, revitalizada e aberta ao público, transformando
o reduto num amplo centro cultural. Eu poderia falar que o Governo de
Paulo Câmara veta repasses pra gestão de Túlio, exemplificando o impasse pra
reforma da Rodoviária, pra dificultar melhorias que possam aumentar a aceitação
do prefeito.
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Eu poderia falar da aliança
contraditória de Ana Célia e Flávio Nóbrega, visando ancorar no nosso município
uma oligarquia em prol principalmente de interesses pessoais. Eu poderia falar
que Arlindo contratou uma imobiliária de fora pra trabalhar em loteamento da
sua família ao invés de valorizar os profissionais da terra. Eu poderia falar
que muitos eleitores da cúpula do PSB não trabalham nem investem em Surubim e
assim continuariam, caso a candidata do 40 seja eleita (o que é pouco provável,
pois ela está atrás de Túlio de acordo com informações coletadas nos bastidores
políticos).
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Mas o foco aqui é outro, meus amigos. É
desconstruir uma falácia espalhada nas redes sociais por certos coordenadores
da campanha do 40. Mais do que agitadores, eles são provocadores e até
agressivos – vide o ocorrido na Avenida São Sebastião no último domingo à
tarde. Falando por mim, já registrei um boletim de ocorrência contra uma figura
desajustada do eleitorado de Ana Célia, após o mesmo me perseguir virtualmente,
publicando injúrias e difamações. Aliás, ele é bem conhecido pelo pessoal da
delegacia, é cheio de processos nas costas.
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Primeiramente, contextualizando a
polêmica do dia 4 de Setembro: aquele espetinho tradicional da Chã não é uma
sede. É um estabelecimento voltado para comes e bebes, independente do
posicionamento político de muitos frequentadores ou mesmo dos proprietários. O
eleitorado do 40 é maioria por lá, mas não a única freguesia que frequenta o
local. Já do outro lado da rua há um espaço físico com uma militância
direcionada para Túlio (e demandas sociais). À vista disso, o argumento “nós
chegamos aqui primeiro” não se aplica. É até bobo. Há diferenças de propostas
nos dois locais.
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No entanto, mais do que o
“confronto frontal de cores” dividido pela Avenida São Sebastião no último
domingo, houve infortúnios causados por alguns eleitores desequilibrados de Ana
Célia, que passaram pelo local durante a Missa do Vaqueiro e depois à tarde. O
fato é que os vilões da história querem posar de mocinhos, espalhando nas redes
sociais textos cínicos e longe da realidade. Em suma, o que eles proporcionaram
ao lado vermelho foi: agressão material e moral, banho de cerveja em membros da
Onda Vermelha, demonstrações obscenas, arremesso de pirulitos (inclusive, acertando
uma criança), etc. Ademais, exponho pérolas como “o comitê dos ricos” (menção
ao espaço de Ana Célia) e “cabaré que não mando, eu fecho” (relacionado ao
espaço da Onda), pra ilustrar o pensamento boçal de vários eleitores do 40. E é
sob tal premissa gourmet que a campanha dos amarelos vem se
desenvolvendo. Repetindo o mesmo filme que prejudicou a candidata em eleições
anteriores. Afinal, quem se junta ou dá moral para “maçãs podres”, põe em xeque
“toda a safra”. Zombando de Surubim!
Por Sérgio Ramos/Repórter e
Blogueiro – 06/09/2016
E-mail: Felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br
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