Do
UOL
(Reprodução) |
O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) anunciou nesta
sexta-feira (25) que vai protocolar na próxima segunda (28), na Câmara dos
Deputados, um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB).
A legenda argumenta que Temer cometeu crime de responsabilidade
ao pressionar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, em favor de interesses
pessoais de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo que pediu
demissão nesta sexta-feira.
"Agora sim estamos diante de um crime de
responsabilidade", afirmou em nota o líder do PSOL na Câmara, Ivan
Valente.
No último sábado, Calero pediu demissão e alegou ter sido
pressionado por Geddel para intervir em uma decisão do Iphan, que embargou a
construção de um prédio em Salvador no qual o então ministro da Secretaria de
Governo teria comprado um apartamento.
Geddel contou com o apoio do Palácio do Planalto e de
parlamentares do Congresso, que minimizaram a situação, mas em depoimento
prestado à Polícia Federal, e revelado na última quinta-feira, Calero afirmou
que outros políticos também tentaram interferir no caso, entre eles o ministro
chefe da Casa Civil Eliseu Padilha e o próprio presidente Temer. Segundo ele,
as conversas estão registradas em gravação.
Após a divulgação do depoimento de Calero, a situação ganhou
contornos de crise no governo. Por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola,
Temer admitiu ter conversado com o ex-ministro da Cultura, mas rechaçou
qualquer irregularidade. Apesar disso, a manutenção de Geddel no cargo
tornou-se insustentável.
Além do PSOL, outros partidos da oposição já haviam cogitado a
possibilidade de pedir impeachment de Temer após as denúncias de Calero, entre
eles o PT e a Rede.
Por Sérgio Ramos/Radialista e
Blogueiro – 25/11/2016
Envie notícias para o E-mail: felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br
-