Do Nossa Terra
Surubim.
A Vaquejada de Surubim é grandiosa
tanto pela sua tradição como pela capacidade de movimentar a economia local
favorecendo a geração de centenas de empregos indiretos e aquecendo o comércio
local. Considerando esses aspectos é que a sua organização deve lançar os
olhos para fatores como segurança e mobilidade, buscando oferecer à população e
aos visitantes recursos suficientes para explorar o evento da melhor forma
possível.
É do conhecimento de toda população
surubinense que o acesso ao parque de vaquejada sempre foi um desafio para a
gestão pública, que anos atrás encontrou a saída para o problema bloqueando uma
parte da pista para acesso de veículos, permitindo o tráfego apenas de veículos
que faziam o serviço de taxi cadastrados, os quais deveriam conduzir os
passageiros até uma área próxima e fixando ali nas proximidades também um ponto
específico para esses veículos, ao final dos shows pudessem conduzir os
populares até suas residências.
Ocorre que neste ano, o
compromisso de cuidar das pessoas fez com que a administração optasse por
estabelecer um novo sistema, que vem desagradando a categoria dos taxistas e
poderá pegar de surpresa a população que necessita utilizar este serviço.
A reclamação dos taxistas é que os
mesmos não irão dispor de um ponto de taxi nas proximidades do parque de
vaquejada, como ocorrera nos anos anteriores, e aqueles que forem conduzir
passageiros até o evento deverão deixar os mesmos ou em frente ao cemitério, na
avenida São Sebastião, ou nas proximidades do Reserve Hotel, onde será o ponto
de bloqueio de acesso de veículos na PE-90.
A medida adotada revela um verdadeiro
retrocesso, primeiro porque prejudica uma categoria de profissionais
importantíssima para a nossa cidade, esses homens que conduzem a nossa
população diariamente e assim como tantos outros profissionais já vem sofrendo
com os efeitos econômicos desta crise financeira. O fato é que, para os
taxistas, um evento como a vaquejada funciona como uma espécie de 13º salário
da categoria, e a medida adotada, pelo poder público, vai prejudicar
significativamente esses profissionais.
Apesar de alguns taxistas terem
procurado a Secretaria de Defesa Social do município, o ógão mostrou-se
irredutível na medida e sem possibilidades de diálogo com a categoria, o que
demonstra falta de respeito para com o cidadão que movimenta a economia do
município, busca sobreviver de forma valorosa do seu trabalho e paga tributos
para explorar a atividade.
Por outro lado, deixou-se de
olhar para a situação da população que vai sair do evento pela madrugada e
estará sujeita a assaltos, uma vez que a distância entre o parque e o ponto
onde eventualmente venham conseguir encontrar o serviço de taxi disponível,
poderá expor a população à ação de criminosos que se valem da deficiência
de segurança pública para praticar assaltos e outros crimes.
Outrossim, na medida em que
os órgãos de segurança estimulam o não consumo de bebidas por quem vai dirigir,
chegando a punir com multas cujos valores são elevadíssimos, deveria oferecer
também, as condições mínimas de deslocamento para que o turista e mesmo o
motorista local, se sinta motivado utilizar outros meios de locomoção uma que
vez que é inevitável para muitos aproveitar a festividade com tudo que ela pode
lhe proporcionar.
Neste sentido, só resta lamentar
e expressar o nosso apoio à insatisfação de muitos taxistas que serão
prejudicados e da população que poderá sentir dificuldade para ter acesso ao
local do evento e retornar para suas casas de forma segura. É preciso abrir
uma linha de diálogo sempre e buscar ouvir as necessidades da população,
pois a vaquejada por tudo que ela representa para o nosso município não
pode ter seu brilho prejudicado pela incapacidade de diálogo de pessoas que não
tem compromisso com a população local.
Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 15/09/2017
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