Em 2014, por exemplo, disse que Aécio Neves (PSDB) venceria Dilma Rousseff (PT). As pesquisas do instituto indicavam vitória de Aécio no segundo turno. Ele teria 54,8% e Dilma 45,2%, em 9 de outubro. Na pesquisa do dia 21 do mesmo mês, o placar, segundo o instituto, seria de 53,2% para Aécio contra 46,8% de Dilma. A petista, no entanto, se reelegeu com 51,64% e Aécio, teve 48,36%.
No ano passado, o instituto disse que Jair Bolsonaro (PL) derrotaria Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por 51,5% contra 48,5%. O resultado final, no entanto, apontou vitória de Lula, que teve 50,83%, contra 49,17% o adversário.
Em Pernambuco, a instituição aparece como autora ou alvo em 16 procedimentos abertos, todos na eleição de 2022. Naquele pleito Raquel ganhou o segundo turno em uma disputa contra Marília Arraes (SD) e acabou com o “reinado” de 16 anos do PSB, que ficou em quinto lugar. De acordo com a pesquisa feita em julho deste ano, Raquel tem uma “desaprovação” superior a 60%.
Em uma consulta rápida pela internet, é fácil constatar que foram listados 88 processos contra o Veritá. O instituto está envolvido em casos nos tribunais regionais eleitorais de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Sergipe e Goiás.
Os motivos são variados. Eles vão desde pedidos de informações sobre pesquisas ou solicitação de explicação de dados. Nesses locais, há questões de eleições de 2016 e 2020, além do pleito do ano passado.
Analisando os processos envolvendo o TRE de Pernambuco, é possível observar que a metade dos 16 casos tem relação com a coligação liderada por Marília Arraes, no ano passado. São pedidos de informação sobre as pesquisas eleitorais e solicitação de acesso a dados.
Há processos envolvendo a coligação liderada pelo ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), que também foi derrotado no primeiro turno. Existem cinco procedimentos, também sobre pesquisas e dados.
O PL, que teve como candidato o ex-prefeito de Jaboatão Anderson Ferreira, também aparece na lista de processos envolvendo o Veritás, com dois casos.
O último é relativo a um procedimento aberto pelo instituto contra a desembargadora –auxiliar do TRE de Pernambuco Virgínia Gondim Dantas. Nesse caso, não é possível saber o conteúdo.
Entre os principais concorrentes das eleições para governador, em 2022, não existem processos envolvendo o Veritá e Rquel Lyra, que ganhou o pleito, e Danilo Cabral (PSB), hoje superintendente da Sudene.
Polêmicas
O Instituto Veritás fica em Uberlândia, em Minas Gerais. Fundado em 1985, é comandado por Adriano Silvoni, que também tem uma longa lista de processos judiciais.
Uma das grandes polêmicas envolvendo o instituto tem relação com a eleição presidencial de 2014, entre a ex-presidente Dilma Rousseff e Aécio Neves.
Na época, a Folha de São Paulo publicou que informou que o PSDB havia usado “indevidamente” resultados parciais da pesquisa do Instituto Veritá em Minas Gerais que foi realizada para retratar a disputa eleitoral no Brasil como um todo. Claros indícios de ”estelionato eleitoral” e de irregularidades.
No ano passado, logo depois do segundo turno, sites e jornais divulgaram uma lista com os institutos que mais tinham errado os resultados. O Veritá estava entre eles.
Fonte: Blog do Ricardo Antunes
Postado por Sérgio Ramos/Locutor e Blogueiro -08/08/2023
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