Conjuntura Política: algumas considerações sobre o pleito – PSB tropeça nos próprios erros

Do CORREIO DO AGRESTE
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Prefeita Ana Célia apresentou oficialmente durante convenção a vereadora Véia de Aprígio como candidata à sua sucessão (Foto: Reprodução/ Divulgação)

Fernando F. Guerra

Já faz tempo que o PSB surubinense vem solapando a confiança de seu eleitorado. Assim foi com a indicação do deputado Vinícius Labanca que após eleito não botou os pés na cidade nem pra pagar promessas. Depois apresentou o filho de Zé Augusto, hoje deputado estadual, Rodrigo Farias, mas, sem brilho, numa época carente de lideranças.

Isso se chama desperdício, gastar pólvora à toa.

 Nilton Mota Filho esteve como Secretário de Agricultura do Estado em governo anterior e o resultado é que nada fez em sua terra. Até mesmo a ADAGRO, sob a sua administração, teve a sede demolida e neste momento funciona em espaço inadequado tendo que pagar aluguel. Daí ressalta o nome de Danilo Cabral a quem se atribuem duas obras importantes que são a ETE e a sede do DETRAN no entanto, pertencem ao período de Eduardo Campos. Ele, atualmente é o Superintendente da SUDENE mas ninguém acredita que carreará para o município indústrias ou grandes benefícios que seu cargo poderia proporcionar. É dele a única esperança na salvação da lavoura da família Farias no município. Fora disso, o grupo mergulhará no esquecimento, podendo ressurgir na eleição para governador de João Campos.

No pleito deste ano o PSB local não levou a sério a noção de engenharia política e perdeu a eleição!

A indicação de um candidato à chapa majoritária depende de uma análise conjuntural e não pode se ater a um único referencial. Algo muito importante é saber que a contemplação do próprio umbigo, que se pode traduzir como narcisismo partidário, induz a erros primários. Os Farias, leia-se o PSB, ao apresentarem Véia de Aprígio como a sua candidata, partiram do princípio de sua fidelidade incondicional à família. É bom lembrar que a sigla neste caso é algo circunstancial, momentâneo. Caíram no mesmo erro do coronel Sebastião Rufino, em Bom Jardim, que indicou para prefeito na sua terra, nada mais nada menos que um personagem de sua absoluta confiança: Zé do Coronel. A liderança de Rufino desmoronou na terra dos paus d’arco.

Talvez outras avaliações pudessem ter salvaguardado o poder político peesssebista surubinense. Candidatos que do meio da campanha para seu final viessem a empolgar o eleitorado. Nomes como Penélope ou mesmo o vereador Bomba, este, sobretudo depois da inauguração da nova Câmara.

No caso, Véia de Aprígio é o outro lado de Ana Célia.  Sem traquejo social, cultural e mesmo político, sem oratória, sem carisma, não poderia prosperar, não teve chances de ganhar a classe média da cidade.

Deu no que deu. Agora é juntar os cacos. Portanto, abriram-se as portas para Chaparral que, parece, veio pra ficar.

Postado por Sérgio Ramos/Locutor e Blogueiro -09/10/2024

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